Em Londres, na madrugada do dia 3 de Dezembro de 1952, o céu estava limpo. Os serviços meteorológicos anunciaram que uma frente fria tinha passado durante a noite. Ao meio – dia, já com o ar levemente húmido e o céu coberto de nuvens, a temperatura atingiu 6ºC. Um vento frio soprava do mar do Norte, arrastando à sua frente, em direcção ao sul, o fumo das fábricas.
No dia 4 de Dezembro o vento diminuiu de velocidade e camadas baixas de nuvens cinzento – escuras cobriam então o céu. Ao meio – dia a temperatura era de 4ºC e o ar estava mais húmido. O cheiro do fumo penetrava nos edifícios pelas portas e janelas abertas.
No dia seguinte, ao meio – dia, a temperatura desceu para 1ºC e o ar tornou – se mais denso e húmido. Devido ao elevado grau de humidade e à baixa temperatura o nevoeiro, não permitindo a visibilidade, impedia praticamente o trânsito na cidade obrigando, por outro lado, ao cancelamento dos voos aéreos.
O ar poluído e aprisionado sobre a cidade introduzindo – se nos compartimentos das casas, irritava os olhos e a pele, provocando a tosse em milhares de pessoas. Os hospitais ficaram repletos morrendo durante os dias em que durou o smog e, sobretudo, devido a bronquite e a outras complicações pulmonares, mais 4000 pessoas do que normalmente.
No dia 9 de Dezembro começou a soprar do sul um vento fresco e no dia seguinte o smog foi arrastado por uma brisa do Atlântico Norte.
Esta crise de smog em Londres, no ano de 1952, ficou como um exemplo histórico dos efeitos produzidos pelo ar poluído em condições meteorológicas particulares.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
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